segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Período de Crescimento

Após um longo ano, um tanto agonizante, agora cheguei em 2015 com uma grande vontade de mudanças. Se eu pudesse resumir este ano em uma palavra, esta seria: Resiliência.
Em 2015 me aventurei a procurar novas formas de me sentir feliz, não pensar tanto em conseguir especificamente um emprego em uma empresa privada, mas sim encontrar outras formas de conseguir um trabalho, dentre as oportunidades que avistei, estava a de prestar concurso público.
Por um tempo eu havia pensado nesta possibilidade, mas nunca movi uma palha para prestar um concurso, a verdade é que eu só queria um trabalho em que eu me sentisse feliz e tivesse um salário digno, não estava tão preocupado com meus valores, eu só pensava em ser feliz e poder comprar minhas coisas.
Acontece que o preparo para um concurso público é muito grande, e você tem que estar disposto a encarar o desafio de estudar até pedir arrego ou cair de sono sobre um livro de direito constitucional, o que não era o caso deste meu primeiro concurso, eu estava procrastinando muito nos estudos, acreditando que seria tudo fácil e que em breve eu teria meu cargo, mesmo que não fosse dos meus sonhos, mas que com ele logo eu poderia comprar o carro que tanto queria.
Eu me lembro muito bem do dia em que fiz a prova, saí desta arrasado, parecendo que levei uma surra, haviam caído questões que eu não estava muito preparado. Pelo menos agora eu já tinha uma sensação do resultado que me aguardava.
O resultado, bem, não poderia ser diferente, como eu estava vivendo no futuro, eu iria continuar vivendo no futuro, por não me preparar muito bem levei mais uma surra da frustração, porém esta foi mais dolorida que as outras, pois o concurso público apesar de ter seus contras, a grande vantagem é que o esforço de passar depende exclusivamente de você, e desta vez mesmo dependendo só de mim, nao consegui nem obter a nota mínima para ser aprovado.
Com a crise, houveram pouquíssimas oportunidades de estágio, e a única que tive acabei não aproveitando por falta de preparo, apesar de me sentir muito perto de conseguir a vaga, por um descuido não consegui a vaga, e mais uma vez eu estava pensando muito no futuro. A pior parte é que esta vaga era na empresa em que eu sonhava fazer parte, que ironia não?
Em setembro parei de vez de tomar meus medicamentos para a ansiedade, eu tinha o desejo de ficar bem sem depender mais de remédios. No começo foi dificil, o processo de retirada é lento, as doses vão reduzindo gradativamente, já que não se pode tirar o medicamento de uma vez, e se o fizer, terá vertigens e "choques" na cabeça.
Neste ano tentei mais um concurso público, este porém era longe da minha cidade, mas eu pensava que valeria a pena, então tudo bem, inscrição feita, era só estudar agora.
Desta vez eu fiz pior, estudei muito pouco, já que os temas de estudo se distanciavam da minha realidade, temas extremamente jurídicos, o que hoje em dia vejo que não é definitivamente a minha praia, o que me fez abandonar de vez a carreira de concurseiro. O resultado deste concurso, o mesmo do anterior, só que agora para não dizer que não passei, acabei passando em uma posição tão longínqua do primeiro lugar quanto a distância entre o Brasil e o Japão.
Bem, já era final de 2015 eu estava pensando o que faria da minha vida no próximo ano já que seria o último ano da minha faculdade, eu estava tão cansado de tentar as coisas que não queria tentar mais nada, eu gostaria de deixar as coisas fluirem agora e me divertir com o que tenho.
Muito próximo do Natal, motivado por esta sensação de viver a vida com o que tenho, conhecer novos lugares, viajar mais, pedi a minha mãe que fossemos ao Rio de Janeiro, já que é um local em que temos conhecidos, e que muitas vezes fomos convidados a ir. Pois bem, eu tentei, tentei muito convencer minha mãe a ir, o problema é que ela não é muito fã de ir a lugares como praias e cidades muito grandes. Por este motivo cheguei a ficar brigado com ela em um perído que não é muito legal, e fiquei assim emburrado com ela.
No dia 26, ela estava de viagem com meu pai para o interior, e eu fiquei em casa sozinho até o dia 30. Confesso que foi uma decisão sábia, apesar de que durante o dia não ficava em casa, mas a noite eu ficava e pensava muito sobre minha vida, minhas atitudes, o que eu faria dali pra frente. Acredito que nesses 4 dias nunca refleti tanto sobre tudo o que fiz, sobre o tanto de merda que acabei fazendo na vida, e o que eu teria que me tornar para finalmente realizar meus sonhos.
Estes foram pocuos dias que me tocaram na alma, caí de bicicleta, me machuquei, ouvi muita música que me emocionou, senti coisas que nunca havia sentido antes.
Agora mais renovado, eu estava pronto pro novo ano que viria. No próximo post irei contar meu momento atual. Obrigado pela visita.

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